RENATTA

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PARA TRANESCREVER ME FAZ VIAJAR EM LUGARES DISTANTES ONDE O CORAÇÃO E A MENTE VOAMSCREVER AO PAPE

PARA TRANESCREVER ME FAZ VIAJAR EM LUGARES DISTANTES ONDE O CORAÇÃO E A MENTE VOAMSCREVER  AO PAPE
Sou....Mulher amiga, amante, mãe...Mulher que inicia seu dia trabalhando...E termina, amando...Mulher que protege, luta briga e chora.. E que nunca deixa o cansaço.. Tirar o seu sorriso, sua força, a esperança..Que está sempre pronta a amar, e proteger a sua prole... Sua vida, o seu amor..Mesmo que esteja chorando por dentro..No seu olhar esta sempre presente.. A força de lutar por tudo o que quer Mesmo cansada.. Está sempre pronta para seguir em frente..E quando cai, se levanta tirando de sua queda..Uma grande lição..Aprendendo então, a passar por cima das armadilhas da vida.. Mulher Guerreira que se torna..Forte e frágil ao mesmo tempo...Que busca dentro de seu interior a força..Que chora para poder se fortalecer..Através das lágrimas que rolam.. Que se levanta para poder...Levantar a quem está em sua volta..Precisando de uma palavra de carinho..De esperança, de amor... Essa é a mulher guerreira Que se faz de forte..Mas ao mesmo tempo é tão frágil...Como um cristal...Mas que não se deixa quebrar tão facilmente... Sou filha de Iansã....e de Ogum... SIMPLESMENTE RÊ

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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

A Dor de Amar



Nasio descreve em seu livro que, para Freud, o sofrimento nos ameaça de três lados, porém, é a última delas que nos interessa nesse momento: “provém das nossas relações com os seres humanos. O sofrimento oriundo dessa fonte é talvez mais duro para nós do que qualquer outro”.

Freud, então, discorre sobre os diferentes meios utilizados para evitar esse sofrimento – entre as possibilidades mais e menos extremas, a defesa mais imediata é o isolamento voluntário – procura-se manter distância das outras pessoas. Em uma tentativa de afastar a infelicidade provinda do outro, evita-se o contato com o mundo externo.

Mas há outro remédio ainda melhor para quando o sofrimento nasce da relação com o outro, que a primeira vista é muito simples, o do amor ao próximo. “Algumas pessoas preconizam uma concepção de vida que toma como centro o amor, na qual se pensa que toda alegria vem de amar e ser amado”. Freud afirma que essa atitude é muito familiar a todos nós – “certamente, nada mais natural do que amar para evitar o conflito com o outro. Vamos amar, sejamos amados e afastaremos todo o mal”.

Isso em qualquer relação. Procuramos muitas vezes desesperadamente evitar o confronto, para que em troca sejamos amados e reconhecidos.
  
Entretanto, é o contrário que ocorre.

Freud continua: “Nunca estamos tão mal protegidos contra o sofrimento como quando amamos, nunca estamos tão irremediavelmente infelizes como quando perdemos a pessoa amada ou o seu amor”.

Nasio considera essas frases de Freud notáveis “porque elas dizem claramente o paradoxo incontornável do amor: mesmo sendo uma condição constitutiva da natureza humana, o amor é sempre a premissa insuperável dos nossos sofrimentos. Quanto mais se ama, mais se sofre”.
E o que eu quero dizer com essas reflexões? Bem, assim como Nasio propõe, vamos deixar esta teoria “meditar em nós”, sem que façamos nada. “Se essa teoria da dor, por mais abstrata que seja, for realmente fecunda, ela terá talvez o poder de mudar a nossa maneira de escutar o paciente que sofre ou o nosso próprio sofrimento íntimo".

(trechos do “O Livro da Dor e do Amor”, de J.D. Nasio)

Se for verdade que não temos como evitar a dor no relacionamento com o outro, já que “todo encontro é semeado de obstáculos” (Eugéne Enriquez), então possamos que possamos aceitá-la e transformá-la.