RENATTA

RENATTA

PARA TRANESCREVER ME FAZ VIAJAR EM LUGARES DISTANTES ONDE O CORAÇÃO E A MENTE VOAMSCREVER AO PAPE

PARA TRANESCREVER ME FAZ VIAJAR EM LUGARES DISTANTES ONDE O CORAÇÃO E A MENTE VOAMSCREVER  AO PAPE
Sou....Mulher amiga, amante, mãe...Mulher que inicia seu dia trabalhando...E termina, amando...Mulher que protege, luta briga e chora.. E que nunca deixa o cansaço.. Tirar o seu sorriso, sua força, a esperança..Que está sempre pronta a amar, e proteger a sua prole... Sua vida, o seu amor..Mesmo que esteja chorando por dentro..No seu olhar esta sempre presente.. A força de lutar por tudo o que quer Mesmo cansada.. Está sempre pronta para seguir em frente..E quando cai, se levanta tirando de sua queda..Uma grande lição..Aprendendo então, a passar por cima das armadilhas da vida.. Mulher Guerreira que se torna..Forte e frágil ao mesmo tempo...Que busca dentro de seu interior a força..Que chora para poder se fortalecer..Através das lágrimas que rolam.. Que se levanta para poder...Levantar a quem está em sua volta..Precisando de uma palavra de carinho..De esperança, de amor... Essa é a mulher guerreira Que se faz de forte..Mas ao mesmo tempo é tão frágil...Como um cristal...Mas que não se deixa quebrar tão facilmente... Sou filha de Iansã....e de Ogum... SIMPLESMENTE RÊ

Seguidores

sábado, 30 de maio de 2015

Por que razões as pessoas “mais interessantes” são aquelas que moram longe?

moram longe

Frequentemente ouvimos as pessoas contando que conheceram “alguém muito legal” via internet, alguém que por sinal mora muito longe. Não com menor frequência acompanhamos também o surgimento de grandes paixões à distância, paixões que costumam ter como único empecilho os quilômetros que separam o “casal apaixonado”.
E então, será que de fato o senhor destino coloca bem longe de nós aquelas pessoas que melhor se adequariam a nossos desejos? Não parece ser fácil contrariar tal tese, tendo em vista que todos nós já fomos vítimas de tal circunstância. Porém sem querer ser estraga prazeres (novamente), terei de dizer que as coisas não são bem como parecem.
Me parece extremamente prudente iniciar apresentando-lhes dois conceitos básicos, o efeito halo e o efeito horn:
– Efeito Halo é um processo no qual uma impressão inicial positiva faz com que  nossa mente perceba com maior intensidade outras qualidades no indivíduo, inibindo a percepção de aspectos contrários àqueles que formaram a primeira impressão. “A avaliação positiva de uma parte resulta numa avaliação positiva do todo”.
– Efeito Horn é o contrário. Uma percepção inicial ruim faz com que percebamos com maior intensidade todos os aspectos que nos desagradam em um indivíduo, ignorando todo o restante. “A avaliação negativa de uma parte resulta numa avaliação negativa do todo”.
Pronto, o primeiro requisito para uma compreensão adequada do tema já foi fornecido. Agora em um segundo momento irei expor a parte que (em minha concepção) é mais a de maior importância, a questão da “idealização”.
Todos nós passamos a vida inteira idealizando. As relações todas surgem em companhia de diversas idealizações acerca do indivíduo até então desconhecido.
E como é que a idealização pode vir a explicar tal circunstância? Acreditem, é mais simples do que parece.
Cada nova pessoa com a qual nos deparamos (seja por via de recursos virtuais ou presenciais) recebe uma carga de idealização. Se espero criar laços de amizade posso idealizar que ela é extremamente confiável, companheira e assim por diante. Quando a ligação é de viés amoroso, acabamos por idealizar na pessoa tudo aquilo que desejaríamos de uma “namorada perfeita”, por exemplo.
Até aqui tudo bem, deu para entender bastante coisa porém ainda não foi explicada a diferença entre as idealizações construídas acerca de interações presenciais se comparadas às virtuais (à distância), ou seja, tudo o que foi explicado é real, porém cabe tanto em um caso quanto em outro.
Oras, como é que uma idealização vai se desconstruindo? Por meio da interação real com esta pessoa oras, nada melhor do que o choque de realidade para nos mostrar que as coisas não são tão boas (ou ruins) quanto parecem.
Então ok, o efeito halo ocorre em qualquer forma de interação, porém com a diferença crucial de que em interações à distância ficamos muito mais vulneráveis às impressões que confirmam nossas fantasias (e pouco confrontados com a realidade – que via de regra iria nos fazer notar que a pessoa não é bem o que esperamos) .
Com tudo que foi exposto creio que já possam responder sem pestanejar: “Por que as pessoas mais interessantes moram longe?”. Pelo simples fato de que a distância reduz muito a possibilidade de que a convivência real destrua tais fantasias. Então a pessoa “que mora longe” – da qual tanto gostamos – tecnicamente “não existe” e estamos apaixonados por uma construção de nossa fantasia? Mil perdões, a resposta é sim!

segunda-feira, 25 de maio de 2015

O Costume de Beijar

Beijo em Paris
Assim como o beijo, o costume de beijar é mais antigo do que se possa imaginar, embora nem sempre sirva para demonstrar o mesmo grau de afeto ou consideração. Os beijos mais antigos que se conhecem são os que se constituem em saudações correntes às estátuas dos ídolos e às pessoas a quem se pretendia prestar homenagens respeitosas. Beijar na boca era coisa rara. A maior parte das vezes beijava-se a barba, os cabelos, a face, os olhos. Na mais remota antiguidade, era assim que o vassalo rendia homenagem ao seu suserano. Os gregos chegaram a possuir uma lei que proibia os homens de beijarem em público as suas mulheres, e os mais ousados estavam sujeitos à pena de morte. No Oriente, conservou-se o costume de beijar a mão, os joelhos ou mesmo os pés, sabendo-se que os reis da Pérsia não concediam este favor a toda gente.
Os primitivos romanos eram partidários do beijo e com ele selavam seus contratos núpcias. Os cristãos dos primeiros tempos escolheram-no para as saudações. No ano 397, porém, uma conferência reunida em Cartago proibiu esta forma de saudação entre pessoas de sexos diferentes. A Bíblia, aliás, está cheia de beijos, das mais diversas espécies, desde o beijo traidor de Judas à terna saudação de Jacó a Raquel. A Igreja Católica, por sua vez, em que pese uma série de modificações em seu ritual, principalmente durante as missas, dá ainda um lugar especial ao beijo nas suas cerimônias. Quem é que não conhece o clássico beijo “de anel” dos bispos?
Em reminiscência das recomendações de São Paulo para que os fieis se saudassem com beijos santos (osculo santum), os ritos modernos distinguem ainda o beijo do altar, o beijo da paz, o beijo do anel, da mão e dos pés. O primeiro, como sabemos, continua sendo celebrado na missa. O beijo da paz é aquele que, desde os tempos apostólicos, os cristãos trocavam, durante a missa, em sinal de união e de caridade. Hoje, esse beijo, durante a missa, é um amistoso e cordial, mas caloroso aperto de mão, só raramente seguido de algumas “bicotas” entre casais, filhos, noivos, namorados e demais presentes. Seria bom que os padres insistissem, explicando ao povo da importância desse aperto de mão durante a missa, representando e simbolizando o beijo de antigamente. Após o Papa Francisco, todos estes atos estão mais calorosos.
Durante o primeiro século da Era Cristã, os homens beijavam-se entre si e as mulheres também porque homens e mulheres não estavam juntos durante as cerimônias religiosas. O beijo era então dado na boca e ainda acompanhado da energia do abraço, dividido em vários tipos, às vezes demorados, ora de tempo breve, de que ainda falarei. Só mais tarde é que esse costume foi substituído pelo de se tocarem entre si com a face. A partir do século XIII tal costume foi abolido para os leigos, que se contentavam em beijar o mesmo crucifixo ou placa de metal contendo relíquias sagradas. Hoje, os eclesiásticos dão ainda o beijo da comunhão, dizendo: “Corpo de Cristo, amém”. E os fieis beijam o anel dos bispos quando estes concedem a sua benção. Durante muito tempo, os cardeais conservaram o direito de beijar as rainhas na boca, especialmente na Espanha. Nos tempos de Henrique VIII, nenhuma dama ousaria despedir-se do seu par de baile sem recompensá-lo com um beijo, costume que não poderia ter acabado, que por certo era um beijo afetuoso e cortês, polido e doce.
A guisa de ilustrar, registro o costume de abraçar, amplexo ou abraçamento, no qual, não raro necessário e indispensável, como no costume de beijar, continua mantendo inegáveis fingimentos, ensejando mais beijos, selinhos, bicotas, toquinhos nas costas, mais vezes também fingidos, até o dia em que erradicaremos nossa crônica hipocrisia. Sem adentrar-me nos conteúdos e detalhes do que não sou versado, lembro somente o abraço chamado “tipo padrão” que, segundo a jornalista Nayara Reis, desse Diário (caderno Cidades,09/10/2013), é o que envolve os ombros, os lados da cabeça apertados num contra o outro, e os corpos inclinados para frente sem se tocar absolutamente abaixo do nível dos ombros. O tempo gasto neste tipo de abraço normalmente é breve , uma vez que significa quase sempre “olá” ou “até logo”.
Num país onde nem o abraço consegue se salvar dos preconceitos, é de se pensar no que acontece com o denominado “beijo gay”; notando-se grande repercussão social e o que ainda ocorre com o estranho “beijo lésbico”, em novelas, por exemplo, onde ainda é mais surpreendente o choque é maior, grande frisson, ainda causando mais preconceitos que, de tão fortes e mais vezes anacrônicos, levam as pessoas a confundir um oportuno “beijo artístico” de duas atrizes consagradas da televisão brasileira com o comportamento excessivamente tradicionalista e retrógado, de certos segmentos sociais hipoteticamente religiosos que prosseguem “achando que esses ‘beijos’ ainda teriam (…) o poder de destruir as famílias brasileiras”. Decerto esses moralistas de plantão algum dia descobrirão que “achologia” não é ciência.
Vejam que os cardeais continuam beijando a mão do papa quando da eleição deste. O papa João Paulo II, por exemplo, ao que estou informado, não visitou nenhum país do mundo sem beijar a nova terra logo que descia do avião, ali manifestando a forma mais carinhosa de abençoar o novo país. O argentino Adolfo Perez Esquivel, prêmio Nobel da Paz (1980), não se cansou de beijar, especialmente as crianças pobres, em uma visita que fez ao Brasil? Santo Caio, que ocupou o trono pontifício antigamente (em 238), foi o primeiro papa de que narra a história a receber homenagens dos cristãos com beijos n os pés, de maneira formal e reverenciosa. No lava-pés, durante a Semana Santa, os bispos prosseguem beijando os pés dos fieis católicos. A missa, continua, pois, cheia de beijos, inclusive nas cerimônia de casamento e outras mais.

O Leite só ferve quando vc sai de perto


Em meados dos anos 70,o costume era comprar leite na porta de casa, trazido pela carroça do leiteiro, que vinha gritando “Ó o lêeeeeite!!!”.
Minha mãe corria porta afora e o leite _ fresquinho, gorduroso e integral_ era despejado na leiteira para nosso consumo. Porém, era um leite impuro, não pasteurizado, e necessitava ser fervido antes de consumir.
No início, minha mãe tinha um ritual no mínimo interessante para esse evento: Colocava o leite na fervura e saía de perto. Literalmente esquecia. Simplesmente I.g.n.o.r.a.v.a.a.a.a.a
É claro que o leite fervia, subia canecão acima e despencava fogão abaixo. Eu era criança, e quando via a conclusão do projeto, gritava: “Mãe!!! O leite ferveu!!! Tá secaaaannndo…” e ela vinha correndo, apavorada, soltando frases do tipo “Seja tudo pelo amor de Deus…” e desandava a limpar o fogão, o canecão, e ver o que sobrou do leite_ pra tudo se repetir no dia seguinte, tradicionalmente.
Até hoje não entendo o porquê desta técnica. Parecia combinado, tamanha precisão com que ocorria. Mais tarde, ela mudou de estratégia. Eu já era maiorzinha e podia ficar perto do fogo. Assim, ficava ao lado do fogão, de olho no leite esquentando_ para desligar assim que a espuma subisse, impedindo que transbordasse. Foi assim que aprendi uma grande lição:
O leite só ferve quando você sai de perto.
Não adianta ficar sentada ao lado do fogão, fingir que não está ligando; até pegar um livro para se distrair. É batata: ele não ferve. Parece existir um radar sinalizador capaz de dotar o leite de perspicácia e estratégia. Porque também não basta se afastar fingindo que não está nem aí. O leite percebe que é só uma estratégia. E só vai ferver ( e transbordar) se você esquecer DE FATO.
A vida gosta de surpresas e obedece à “lei do leite que transborda”: Aquilo que você espera acontecer não vai acontecer enquanto você continuar esperando.
Antigamente o sofrimento era ficar em casa aguardando o telefone tocar. Não tocava. Então, para disfarçar, a gente saía, fingia que não estava nem aí (no fundo estava), até deixava alguém de plantão. Também não tocava. Porém, quando realmente nos desligávamos, a coisa fluía, o leite fervia, a vida caminhava.
Hoje, ninguém fica em casa por um telefonema, mas piorou. Tem email, msn, facebook, whatsApp, e por aí vai. O celular sempre à mão, a neurose andando com você para todo canto. E o leite não ferve…
Acontece também de você se esmerar na aparência com esperança de esbarrar no grande amor, na fulana que te desprezou, .Então ajeita o cabelo, dá um jeito para maquiagem parecer linda e casual, capricha no perfume… e com isso faz as chances de encontrá-lo(a) na esquina despencarem. Esqueça baby. O grande amor, a fulaninha  estão predestinados a cruzarem seu caminho nos dias de cabelo ruim, roupa esquisita e sem o perfume perfeito.
Do mesmo modo, se quiser engravidar, pare de desejar. Não contabilize seu período fértil e desista de armar estratégias pro destino. Continue praticando esportes radicais, indo à balada, correndo maratonas. Na hora que ignorar de verdade, dará positivo.
A vida _como o leite_ não está nem aí para sua pressa, para o seu momento, para sua decisão. Por isso você tem que aprender a confiar. A relaxar. A tolerar as demoras. A não criar expectativas. A fazer como minha mãe: I.g.n.o.r.a.r…
E lembre-se:
 Tem gente que prefere ser a borboleta sem ser primeiro a lagarta. Sem paciência com os ciclos, destrói seu casulo antes do tempo e não aprende a voar…

Voce viu o tempo passar?



AH O TEMPO! 
Quantas vezes o sentimos escorrer entre os dedos das mãos? 
Quantas vezes gostaríamos que ele passasse mais depressa ou que nunca passasse? 
Quantas vezes sentimos vontade de aprisioná-lo para eternizar um único momento? Mas a experiência do tempo é algo que nos acompanha ao revés do nosso desejo.
Desde que nascemos, o tempo é um dos grandes regentes da nossa vida. De antemão, precisamos de um tempo para nascer. Nossa gestação e nascimento é nossa primeira lição sobre o Tempo. É necessário um prazo para estarmos prontos para a vida, para que cada parte do nosso corpo se constitua e mature adequadamente. Caso isso não ocorra há risco de vida. Assim como as borboletas, que necessitam de um tempo vivendo como lagartas e depois encasuladas, nós também precisamos estar prontos para nossa metamorfose!
A desdém dessa nossa primeira aula sobre o tempo, há quem passe a vida acelerado, preocupado com o porvir. Tentativa de nascimento prematuro, sem perceber que ainda não é chegada a hora! Mas não conseguem respeitar o tempo e com isso permanecem ansiosos.
A ansiedade se relaciona diretamente com a forma como lidamos o tempo. Nela vivemos pré ocupados com o futuro. Tentamos mentalmente determinar todas as variáveis do evento que está para acontecer. E isso nos corrói por dentro, de modo que chega a doer o estômago. Ao querer acelerar o tempo, aceleramos os batimentos cardíacos, a respiração… todo nosso corpo ressoa nossa ansiedade. Mas quando é finalmente chegada a hora, o processo ocorre à revelia de muitas das coisas que fantasiamos e nos preocupamos. Mas como é difícil tolerar essa ideia de ausência de controle, não é mesmo?
Para isso precisamos recuperar um senso primordial de CONFIANÇA NA VIDA. Nos despir da insegurança e da ideia de que podemos controlar as coisas. Entender que a vida é um processo, e que assim como o nascimento, tem um propósito e um sentido que se revelará para nós durante seu curso e não antes da passagem.
Como menciona o Psiquiatra Junguiano Carlos Byington, “os pais ensinam aos filhos como é a vida, relatando-lhes as experiências pelas quais passaram. Os mitos fazem a mesma coisa num sentido muito mais amplo, pois delineiam padrões para a caminhada existencial através da dimensão imaginária”. Assim, podemos recorrer aos mitos para compreender a questão do tempo. E eis que apresento a vocês dois deuses e três senhoras do destino relacionados na mitologia grega.
O primeiro deus é KRONOS, Senhor do tempo e das estações. Relaciona-se ao tempo linear e cronometrado. Ele nos traz a noção do tempo cronológico e sequencial e, consequentemente, devorador. Tempo que corre e que caminha para um fim. Podemos pensar que, quando ficamos ansiosos e preocupados com o tempo que ainda não chegou é como se percebêssemos a presença de KHRONOS pairando sobre nós e então respondemos ao medo do desconhecido em toda a extensão do nosso ser.
 O segundo deus é KAIRÓS, deus do tempo oportuno. Filho de Zeus e de Tykhé (divindade relacionada a fortuna e prosperidade), era um jovem calvo que possuía um único cacho de cabelos na testa. Esse deus era conhecido por ter uma agilidade incomparável, sendo que enquanto corria só era possível agarrá-lo pelo cacho, estando assim de frente a ele.  E isso durava apenas o instante de sua passagem, sendo impossível persegui-lo e trazê-lo de volta. Assim, Kairós simboliza o tempo da oportunidade. Momento potencial sentido quando realmente estamos PRESENTES! Uso esse termo para determinar aquele instante em que realmente sentimos o que estamos vivendo e somos invadidos pela experiência. Corpo e alma apenas no AGORA: tempo certo e definitivo, criativo e especial.
No desenrolar entre esses dois tempos é tecida a TEIA DA VIDA, pelas senhoras do destino, conhecidas como MOIRAS na mitologia grega e que são as tecelãs dos fios da vida na roda da fortuna. Nona inicia o trabalho e tece o fio da vida, Décima cuida de sua extensão e caminho e Morta corta o fio. Tarefa que nem mesmo Zeus, deus dos deuses ousava intervir. E assim, a história de cada um vai sendo formada, com seus pontos altos e baixos, de maneira circular e não linear, mas que ao mesmo tempo segue para um fim.
No encontro com essas divindades aprendemos que não somos detentores do tempo e do destino. Nosso tempo é finito e precisamos estar preparados para aproveitar as oportunidades no momento em que elas chegarem. Precisamos estar prontos.  E é com esse olhar e objetivo que devemos trilhar nossa jornada existencial. Afinal, quando o jardim está florido e bem cuidado as borboletas chegam!
tempo

Joe Cocker Greatest Hits (Full Album) - The Best Of Joe Cocker

Joe Cocker - Unchain My Heart -Adoro

domingo, 24 de maio de 2015

O Deus desconhecido

Os Homens sempre procuraram amar o próximo. E sempre se espelharam no próximo, no seu pai, na sua mãe – quando crianças –, nos seus irmãos, nos seus amigos, nos professores. Mais tarde, nos seus namorados e namoradas.

Sempre, vocês procuraram o amor. É natural procurar o amor. E é natural procurar Deus no outro – é natural procurar o amor no outro; a aceitação, a troca, a compreensão.




















A vida inteira vocês fazem isso, procuram Deus no outro, no seu espelho. Porque, as pessoas que vêm para a sua vida acabam espelhando um sentimento seu, uma crença sua, uma necessidade sua. Deus também é o seu espelho.

Os relacionamentos, as pessoas se afinam, se juntam para encontrar o amor, para encontrar afinidade, para se fazer crescer. Para que esse encontro seja tão profundo e único, que de dois se some apenas um.

E aí vêm as decepções. Porque, quando vocês convivem mais intimamente, com o passar do tempo, as pessoas recolhem a sua energia. E são apenas elas mesmas. Elas deixam de lado o interesse de encantar e de agradar você.

E elas passam apenas a agir, como elas acham que devem agir, para si mesmas. E assim, os relacionamentos cumprem o seu tempo, as afinidades crescem... E quando vocês não são mais afins uns dos outros, a relação termina.

Mas, e com Deus? E esse Deus oculto em cada pessoa, em cada relacionamento, em cada situação... Ali Ele está. Atraindo você para o momento de grande felicidade, conduzindo você para o encontro e desencontro.


Nos momentos íntimos, mergulhe em você mesmo. O encontro íntimo e de maior amor deve ser dentro de você, você com o seu Deus. Descortinando a face obscura de Deus. E tornando esse Deus muito claro e muito forte dentro de você.

Para que você não precise de ninguém. Para que você possa ter grandes encontros – encontros de amor –, mas porque assim você quer que seja. Porque assim você permite, não porque você careça ou precise de alguém.

Você estará com as pessoas, você amara alguém, você trocará com alguém, porque esse é o seu sentimento. Porque isso é bom pra você.

Projete Deus dentro de você. Torne o desconhecido, conhecido. Limpando a face de Deus no seu coração. Descubra o Deus interno e junto com ele a sua força. Para você ser Eu mesmo, em todos os momentos.

Busque o seu Eu Sou. O seu Eu Sou é a sua Luz. As pessoas fazem parte do seu mundo, preenchem o seu mundo, dão colorido a você. Mas, o seu Eu Sou é você. É a sua força. É a sua bênção. E é a sua luz.

Há uma grande necessidade de vocês se curarem nos seus relacionamentos. Cada encontro é um encontro de cura. Cada encontro é um encontro de libertação.

Veja Deus no outro e permita que ele ame o Deus dele. E que você ame o seu Deus. 

Torne conhecida a face de Deus. E deixe que essa face de Deus abrace e ame você.

Chico sempre Chico

É necessário aprender a vigiar os pensamentos e a mente,
 para que a boca não pronuncie palavras que machuquem e 
não nos envolva em energias negativas.
É importante não entrar em conversas infrutíferas que apenas 
vão alimentar a maledicência.
É importante trabalhar cada um com sua tarefa e missão, sem
 se importar com as atitudes do companheiro de jornada. 
Se nos envolvermos com a solidariedade e fraternidade sem
 se preocupar com o que os nossos irmãos do caminho fazem
 ou deixam de fazer, estaremos realizando sempre nossas
 tarefas com êxito.
Cuidemos para corrigir nossos defeitos e imperfeições, deixando
 ao próximo resolver e batalhar para corrigir suas próprias
 imperfeições. 
Se assim procedermos teremos sempre a paz que buscamos
 e necessitamos!!
Um abençoado dia a todos.
Por: Instituto Chico Xavier

Uma gorda na cama e… Com formas mais avantajadas, seriam elas um novo tipo de mulher proibida?

Gorda na cama
Gordinha é como pantufa, todo mundo gosta de usar mas ninguém sai de casa com ela!
Eis como uma amiga descreve sua atribulada vida amorosa. Seus parceiros costumam desaparecer antes de o sol nascer. Ela acha que é por vergonha de ser vistos em sua companhia, o que seria um ponto negativo no currículo deles. Talvez ela tenha razão: quem come mais do que deve seria, a princípio, um transgressor. Gordura, fruto da gula, voltou a ser pecado capital. Talvez, para nossos tempos em que imagem é tudo, a gorda seja um novo tipo de mulher proibida, dona de um tipo de luxúria oral. Minha amiga sente-se exilada das relações amorosas legitimadas, relegada ao bordel da imaginação.
Ser uma mulher recomendável dá trabalho: é preciso suar pela boa forma, cobrir formas irregulares, comer quase nada em público, bronzear-se (sob supervisão dermatológica, claro) e ocultar marcas da idade. Se necessário, recorrer à lipoescultura. Parceiras jovens ou bem conservadas pontuam mais. Carnes brancas e flácidas não ficam bem.
Gordinhos representam a tentação e os condenamos por viverem alheios à saudável abstinência, por não destilarem em suor suas impurezas. Eles não têm os volumes nos lugares certos seios fartos, mas barriga lisa. Mas, se hoje as garotas podem exibir suas formas em decotes intermináveis e saias sumárias, não seríamos finalmente corpos liberados? Não é o que parece, pois só pode ser visto o que estiver dentro das regras. E, com tantas a seguir, o exercício e a fome acabam parecendo uma espécie de burca internalizada. Já o implante de silicone é a voluptuosidade domada.
Os gordos lembram um desejo fora de controle. Burlam o trabalho civilizatório, no qual evoluímos para nos alimentar sem voracidade. No lugar da compulsão, a força de vontade. Boas maneiras e boa forma são ditadas pelo mesmo manual de etiqueta. Magérrimas mulheres francesas que saboreiam miniporções são o oposto dos gordos selvagens devoradores de fast food. Muitos gordos comem sem prazer, só para se estufar, afogar a ansiedade. Mas por que isso é mais condenável que o igualmente estranho prazer de passar fome?
O momento pede pratos exíguos: comida fina parece natureza morta, de alto apreço estético e baixo valor calórico. A mulher magra é a boa moça, enquanto a gorda não precisa ser uma obesa mórbida, basta fugir ao padrão evoca prazeres pouco domesticados. Outrora, dizia-se às moças que lhes cabia ser como uma dama na sala e uma puta na cama. Quem sabe, agora mudamos para uma magra na sala e uma gorda na cama?

quarta-feira, 20 de maio de 2015

A Dor de Amar





Nasio descreve em seu livro que, para Freud, o sofrimento nos ameaça de três lados, porém, é a última delas que nos interessa nesse momento: “provém das nossas relações com os seres humanos. O sofrimento oriundo dessa fonte é talvez mais duro para nós do que qualquer outro”.

Freud, então, discorre sobre os diferentes meios utilizados para evitar esse sofrimento – entre as possibilidades mais e menos extremas, a defesa mais imediata é o isolamento voluntário – procura-se manter distância das outras pessoas. Em uma tentativa de afastar a infelicidade provinda do outro, evita-se o contato com o mundo externo.

Mas há outro remédio ainda melhor para quando o sofrimento nasce da relação com o outro, que a primeira vista é muito simples, o do amor ao próximo. “Algumas pessoas preconizam uma concepção de vida que toma como centro o amor, na qual se pensa que toda alegria vem de amar e ser amado”. Freud afirma que essa atitude é muito familiar a todos nós – “certamente, nada mais natural do que amar para evitar o conflito com o outro. Vamos amar, sejamos amados e afastaremos todo o mal”.

Isso em qualquer relação. Procuramos muitas vezes desesperadamente evitar o confronto, para que em troca sejamos amados e reconhecidos.


Entretanto, é o contrário que ocorre.

Freud continua: “Nunca estamos tão mal protegidos contra o sofrimento como quando amamos, nunca estamos tão irremediavelmente infelizes como quando perdemos a pessoa amada ou o seu amor”.

Nasio considera essas frases de Freud notáveis “porque elas dizem claramente o paradoxo incontornável do amor: mesmo sendo uma condição constitutiva da natureza humana, o amor é sempre a premissa insuperável dos nossos sofrimentos. Quanto mais se ama, mais se sofre”.


E o que eu quero dizer com essas reflexões? Bem, assim como Nasio propõe, vamos deixar esta teoria “meditar em nós”, sem que façamos nada. “Se essa teoria da dor, por mais abstrata que seja, for realmente fecunda, ela terá talvez o poder de mudar a nossa maneira de escutar o paciente que sofre ou o nosso próprio sofrimento íntimo".

(trechos do “O Livro da Dor e do Amor”, de J.D. Nasio)

Se for verdade que não temos como evitar a dor no relacionamento com o outro, já que “todo encontro é semeado de obstáculos” (Eugéne Enriquez), então possamos que possamos aceitá-la e transformá-la.

5 Perguntas Frequentes sobre Psicoterapia





Você já pensou em buscar um psicólogo em algum momento 
de sua vida? Mas acabou desistindo porque não 
tinha certeza no que esse profissional poderia te ajudar?

Você já chegou a marcar a primeira consulta, mas, no dia,
 preferiu não aparecer porque não sabia sobre o que falar ou
 ficou na dúvida se tinha motivos suficientes para buscar um 
atendimento?  Ou ainda, já começou um tratamento, mas
 abandonou logo no início com medo de como as coisas 
seriam dali para a frente?
Pois bem, saiba que essas e tantas outras dúvidas são bastante
 comuns quando o assunto é iniciar uma psicoterapia. 

Muitas pessoas não sabem quando buscar ou até que ponto 
ela poderá ser útil. 
Esse texto servirá para esclarecer alguns de seus 
questionamentos. 
1. Como funciona a Psicoterapia?

“Muitas vezes, o terapeuta é a única plateia a assistir aos 
grandes dramas e atos de coragem”. (YALOM, 2002)
Essa bela frase resume bem o que é a psicoterapia. 
Sendo mais específica, a psicoterapia é um processo desenrolado
 a partir do vínculo entre você e seu psicólogo, onde você falará
 sobre o que quiser em um ambiente sigiloso, profundo e íntimo.

Íntimo?

Sim, pois como bem disse o grande escritor Irv Yalom, o
 terapeuta muitas vezes será o único a conhecer seus
 pensamentos mais malucos, suas emoções mais íntimas
 e seus sonhos mais profundos. 

E sabe o que é mais encorajador nisso tudo?

Mesmo conhecendo esse lado que você costuma desconhecer, 
negar, ou esconder dos outros, seu psicólogo permanecerá ali, 
disposto a continuar nessa caminhada com você. 

2. Psicoterapia X Desabafo com Amigos

Você pode pensar: Ok, mas eu tenho grandes amigos, com
 quem posso contar, desabafar e que, além de tudo, me dão 
ótimos conselhos! Por que eu deveria fazer terapia?

Bem, ter pessoas com as quais você pode compartilhar um
 relacionamento significativo é extremamente importante 
para manter a sua saúde em dia! É muito bom ter amigos e
 familiares com quem você pode dividir não só momentos 
bons, mas também aqueles difíceis. Contudo,  não é desse
 tipo de relacionamento que se trata a psicoterapia. 
O relacionamento que você terá com seu psicólogo será 
completamente diferente de uma amizade. Será algo
 construído levando em conta a sua individualidade, sem
 julgamentos, sem moralismos e sem conselhos descabidos.

Seu caso pode ainda ser outro, exatamente ao contrário. 
Você percebe que não tem tido relacionamentos significativos
 ultimamente. O que é uma característica da nossa 
contemporaneidade. Alguns contatos estão cada vez mais
 breves e superficiais, sobrando pouco tempo para as pessoas
 compartilharem questões profundas como desejos, angústias, 
medos, anseios, etc. 

3. Mas afinal, para que ela serve?

Ao contrário do que muitos imaginam, a psicoterapia não serve
 apenas para quem está sofrendo ou vivenciando um conflito 
grave em sua vida. (Claro, nestes casos específicos, a psicoterapia 
é fundamental, pois será um ambiente acolhedor que ajudará a
aliviar seus sintomas; alguém estará ali para dividir suas dores,
 suas angústias e suas tristezas).
No entanto, a psicoterapia pode ser muito mais do que isso. 
Pode servir como um espaço transformador em sua vida!
Sim! Porque à medida que você pensa sobre si mesmo, sobre 
seus sonhos e ideais; sobre seus medos e temores; sobre sua
 contribuição em seus relacionamentos e nas coisas que 
acontecem na sua vida; sobre seu passado, presente e futuro; 
você inevitavelmente começa a se transformar e 
a CRESCER como pessoa. 

Por isso, a psicoterapia serve para qualquer pessoa que deseja
 algo mais da vida. Que procura sentido em sua existência. 
Que queira refletir, se desenvolver e promover mudanças
 em si mesma. O crescimento é algo que não termina, nunca!
Além do mais, antes de seguir para o próximo item, acredito que
 seja necessário falar/lembrar que todos nós temos vivências 
dolorosas. E cada pessoa sabe quais são elas. Portanto, não
 menospreze as suas. Se algo lhe incomoda, não tenha vergonha
 de pedir ajuda porque o mundo à sua volta costuma dizer que 
seu sofrimento é bobagem e que você não tem do que reclamar.

4. E se eu não souber o que falar?

Essa dúvida é algo que angustia muitas pessoas quando pensam em
 sentar em frente a um psicólogo e iniciar uma psicoterapia.
 Porém, não existe a necessidade de um roteiro pré-estabelecido. 
É aos poucos que o vínculo se estabelece, e é também 
entamente que os assuntos vão emergindo. 
Portanto, não tenha pressa.
Outra sensação muito comum de quem já está em psicoterapia
 é a de abordar sempre o mesmo assunto. Se isso está 
acontecendo com você, não se assuste. É assim mesmo.
 Muitas situações em nossas vidas precisam ser contadas
 e recontadas, por inúmeras vezes, até que elas se acomodem,
 tomem outros sentidos e passem a não atrapalhar tanto o
 nosso dia a dia.

5. Qual profissional devo buscar?

Meu conselho é buscar indicação em fontes confiáveis. 
Que fontes seriam essas? Alguma pessoa próxima que já
 tenha feito psicoterapia ou que esteja fazendo com um 
profissional e esteja gostando dele. Você também pode
pedir indicação para algum outro profissional que você
confie (seu médico, por exemplo). 
Outra coisa importante de se dizer é que mesmo você 
tendo uma excelente recomendação de um psicólogo,
talvez acabe não gostando dele tanto assim.
 Isso é absolutamente normal. As pessoas são
completamente diferentes umas das outras,
 e o que pode parecer bom para uma, pode não 
ser tão bom assim para outra. 
Isso não quer dizer que seu amigo ou seu médico 
estavam errados, ou que aquele não seja um bom
 profissional. E sim que, neste momento, aquele 
não é o melhor profissional para você.
Mas não desista.
Às vezes, você pode se acertar de primeira com seu
 psicólogo, mas, em outros casos, pode ser que percorra
 mais alguns consultórios até encontrar alguém com 
quem você se sinta acolhido e à vontade para iniciar 
uma jornada tão cheia de desafios quanto é a psicoterapia. 
Quem já fez, ou faz psicoterapia, deve saber como é
difícil colocar em palavras algo que acontece na experiência,
 no momento, no vínculo, a nível de sentimentos, 
emoções e sensações. Assim como é difícil abarcar tudo 
o que é relevante em um tema tão profundo. Mas espero
 ter contribuído para você conhecer um pouco mais sobre 
a psicoterapia!