RENATTA

RENATTA

PARA TRANESCREVER ME FAZ VIAJAR EM LUGARES DISTANTES ONDE O CORAÇÃO E A MENTE VOAMSCREVER AO PAPE

PARA TRANESCREVER ME FAZ VIAJAR EM LUGARES DISTANTES ONDE O CORAÇÃO E A MENTE VOAMSCREVER  AO PAPE
Sou....Mulher amiga, amante, mãe...Mulher que inicia seu dia trabalhando...E termina, amando...Mulher que protege, luta briga e chora.. E que nunca deixa o cansaço.. Tirar o seu sorriso, sua força, a esperança..Que está sempre pronta a amar, e proteger a sua prole... Sua vida, o seu amor..Mesmo que esteja chorando por dentro..No seu olhar esta sempre presente.. A força de lutar por tudo o que quer Mesmo cansada.. Está sempre pronta para seguir em frente..E quando cai, se levanta tirando de sua queda..Uma grande lição..Aprendendo então, a passar por cima das armadilhas da vida.. Mulher Guerreira que se torna..Forte e frágil ao mesmo tempo...Que busca dentro de seu interior a força..Que chora para poder se fortalecer..Através das lágrimas que rolam.. Que se levanta para poder...Levantar a quem está em sua volta..Precisando de uma palavra de carinho..De esperança, de amor... Essa é a mulher guerreira Que se faz de forte..Mas ao mesmo tempo é tão frágil...Como um cristal...Mas que não se deixa quebrar tão facilmente... Sou filha de Iansã....e de Ogum... SIMPLESMENTE RÊ

Seguidores

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Sou um jardim extemporâneo




















Sou um jardim extemporâneo onde as memórias desabrocham
 de vez em quando, sem cerimônia e totalmente fora da estação. 
Tem dia que o sereno da saudade cai tão morno e perfumado 
sobre mim, que um beija-flor ávido por ração e descanso pousa 
nos meus ramos e fica ali, estudando a paisagem e se balançando
 ao sabor da brisa suave que os meus “ontens” ainda sopram.

Tem dia que a minha saudade floresce como uma primavera 
inopinada, e o mesmo beija-flor de outrora vem sobrevoar os 
meus canteiros, remexer as minhas histórias e sugar a seiva
 doce das recordações que eu guardo junto ao peito.
 Não há vento e nem chuva capaz de demovê-lo desse bater
 de asas ao meu redor. E assim, segue ele em sua busca indiscreta
 por segredos escondidos em meus estames, como pólen do
 tempo, bebericando doçuras entre pétalas descerradas em manhãs
 que ficaram para trás.

Então, eu o afugento:
 “Voe, beija-flor, voe! Voe e me permita inventar
 outro destino”!

E, quase obediente, ele voa para longe... Voa, mas sempre volta. 
Volta sempre que as sementes esquecidas ao chão germinam e
 trazem viço ao que parecia morto, e dão novas cores ao que
 desbotou com o passar do tempo. Ele volta sempre que uma flor
 nostálgica se abre dentro de mim e lança o seu perfume através
 dos desvãos da minha alma.

E, quando isso acontece, eis que, de flor em flor, com suavidade e 
leveza, aquele beija-flor vem zunir suas asas junto aos meus desejos
 e beijar os meus pensamentos distantes com a máxima ternura 
e delicadeza. Lembrança boa é assim: tem o cheiro, o gosto e
 a textura de quem foi embora para sempre, 
sem jamais se deixar ser esquecido.

Renée Venâncio

Nenhum comentário:

Postar um comentário