RENATTA

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PARA TRANESCREVER ME FAZ VIAJAR EM LUGARES DISTANTES ONDE O CORAÇÃO E A MENTE VOAMSCREVER AO PAPE

PARA TRANESCREVER ME FAZ VIAJAR EM LUGARES DISTANTES ONDE O CORAÇÃO E A MENTE VOAMSCREVER  AO PAPE
Sou....Mulher amiga, amante, mãe...Mulher que inicia seu dia trabalhando...E termina, amando...Mulher que protege, luta briga e chora.. E que nunca deixa o cansaço.. Tirar o seu sorriso, sua força, a esperança..Que está sempre pronta a amar, e proteger a sua prole... Sua vida, o seu amor..Mesmo que esteja chorando por dentro..No seu olhar esta sempre presente.. A força de lutar por tudo o que quer Mesmo cansada.. Está sempre pronta para seguir em frente..E quando cai, se levanta tirando de sua queda..Uma grande lição..Aprendendo então, a passar por cima das armadilhas da vida.. Mulher Guerreira que se torna..Forte e frágil ao mesmo tempo...Que busca dentro de seu interior a força..Que chora para poder se fortalecer..Através das lágrimas que rolam.. Que se levanta para poder...Levantar a quem está em sua volta..Precisando de uma palavra de carinho..De esperança, de amor... Essa é a mulher guerreira Que se faz de forte..Mas ao mesmo tempo é tão frágil...Como um cristal...Mas que não se deixa quebrar tão facilmente... Sou filha de Iansã....e de Ogum... SIMPLESMENTE RÊ

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segunda-feira, 23 de março de 2015

O HOMEM E O TEMPO, OU A FALTA DE...


A falta de tempo que nos consome na atualidade é absurda.
Ele, o tempo, em vez de auxiliar, virou um vilão, verdadeiro opressor.
Tempo é tudo o que se vive, o que está em cada um, e, incongruente mente, 
tudo o que nunca se tem.
Não há tempo mais para nada. E bem hoje, quando é tudo mais acessível?!
Já não se gere mais esse tempo como outrora. Tudo é “pra ontem”.
Como assim, pra ontem? Eu estou vivendo hoje, oras. Ontem ficou no passado. 
A ocasião própria pra qualquer ação minha é agora e não ontem. Confuso isso.
Ontem... Ontem... Ontem não tinha nem internet, não tinha celular, não se via tanta
 gente motorizada, e, pelo que eu me lembre, nem GPS existia.
Espere aí! Hoje tem tudo isso e não está bom? Os tempos mudaram tanto assim ou
 o ser humano que interpreta o tempo foi quem mudou?
É, sou mais a segunda opção.
Na época de meus avós, de meus pais, eles mandavam cartas. Era prática comum.
 Eu ainda experimentei essa gostosa sensação de escrever, ir ao correio, postar e 
depois receber a resposta. Tive dois amigos com quem pude compartilhar desse 
romantismo. Rascunhar, passar a limpo, escolher o papel, comprar o selo... 
Um tempo preciosíssimo.
Hoje, entretanto, só consegui manter a tradição de enviar cartão de natal, ainda
 assim, os e-mails, os torpedos continuam ano após ano tentando mostrar sua eficiente 
praticidade. Todavia, não abro mão de desenhar minhas letras carregadas de bons sentimentos.
Em outros tempos, também, quando morria um parente, o familiar ficava
 sabendo do passamento depois de uma ou duas semanas, e olhe lá. 
Era uma dificuldade até localizá-lo. Hoje, se o mesmo familiar estiver fora do
 país, em poucas horas ele chega pelo menos para o sepultamento. Meios de
 contato são muitos, no entanto, o sinal do celular é péssimo – a torre é nova -,
 a internet é lenta – demora um minuto pra abrir -, e ir ao correio pra enviar 
um telegrama fica fora de cogitação. Não há tempo.
As pessoas sofrem. E sofrem muito mais.
Uma fase além da pós-modernidade nos acometeu. 
Já é possível até mesmo acender uma vela virtual em gratidão a uma graça
 alcançada. Quem não tem tempo para o laborioso ofício de acender aquela
 vela de parafina, é só dar um clique na capela virtual e escolher a vela 
virtual de preferência. O fiel não precisa perder tempo para esperar a
 antiga vela queimar, não carece que fique velando sua chama para evitar 
o contato com a cortina e o risco de botar fogo na casa. 
O fósforo foi substituído pela password. Muito simples, não é?!
 Parece piada, no entanto, vale a fé.
Ah, e os amores? Amores duram uma estação.
 Casamentos duradouros são caretas e sexo é competição de quem pode mais. 
Aquele refinamento poético de romances românticos se perdeu por aí, no tempo.
Sabe... Percebo que jeitos de sentir o mundo se modernizaram.
 Acompanharam e continuam na corrida frenética para alcançar
 evoluções, contudo, mesmo assim, se assistem a adultos e crianças
 deprimidos, incapazes de esperar pelo tempo das coisas; imediatistas.
 Paciência deixou de ser virtude para ser defeito.
O homem tem tudo nas mãos, tudo para facilitar sua vida.
 O tempo? Cada vez mais escasso. Economia de tempo?
 Tem gerado apenas vida cada vez mais saturada, superficial e vazia.
Existe uma tendência de ansiedade nas pessoas, um medo louco de 
perderem tempo e não darem conta de fazer o que acham que são
 obrigadas a fazer, do jeito que uma cultura imbecil impôs que fosse feito.
A pressa neste contexto é vital. Aonde se quer chegar só Deus sabe.
É, a mudança parece antropológica mesmo.
Aquele que ainda aprecia algo bonito do passado ou continua se
 encantando com o romantismo de gestos simples, é o deslocado. 
Assim se sente.
O tempo presente acaba sempre comprometido e prejudicado porque
 não é vivido. A sensação de perda e de vazio é estável. 
Vive-se muito o tempo que talvez nem alcancemos.
E a consciência que nos falta é a de que somos mais felizes quando
 perdemos a noção desse tempo, seja qual for a ocasião.

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