RENATTA

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PARA TRANESCREVER ME FAZ VIAJAR EM LUGARES DISTANTES ONDE O CORAÇÃO E A MENTE VOAMSCREVER AO PAPE

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Sou....Mulher amiga, amante, mãe...Mulher que inicia seu dia trabalhando...E termina, amando...Mulher que protege, luta briga e chora.. E que nunca deixa o cansaço.. Tirar o seu sorriso, sua força, a esperança..Que está sempre pronta a amar, e proteger a sua prole... Sua vida, o seu amor..Mesmo que esteja chorando por dentro..No seu olhar esta sempre presente.. A força de lutar por tudo o que quer Mesmo cansada.. Está sempre pronta para seguir em frente..E quando cai, se levanta tirando de sua queda..Uma grande lição..Aprendendo então, a passar por cima das armadilhas da vida.. Mulher Guerreira que se torna..Forte e frágil ao mesmo tempo...Que busca dentro de seu interior a força..Que chora para poder se fortalecer..Através das lágrimas que rolam.. Que se levanta para poder...Levantar a quem está em sua volta..Precisando de uma palavra de carinho..De esperança, de amor... Essa é a mulher guerreira Que se faz de forte..Mas ao mesmo tempo é tão frágil...Como um cristal...Mas que não se deixa quebrar tão facilmente... Sou filha de Iansã....e de Ogum... SIMPLESMENTE RÊ

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sábado, 1 de fevereiro de 2014

A Força Invencível do Amor

A Força Invencível do Amor

A Escada Platônica Que Une Céu e Terra


Carlos Cardoso Aveline
 
 
 
 
 













O amor é a mais simples e natural das energias, 
mas também é um mistério. 
Ele é a lei do equilíbrio que guia internamente a 
evolução do universo. Não há vida sem ele.
 Cada ser humano é concebido por um ato de amor, 
nasce imerso na lei da harmonia e é embalado desde o 
berço até o túmulo por mecanismos de ajuda mútua.
A afinidade entre duas ou mais almas humanas sempre 
foi considerada um processo sagrado, e  Epicuro ensinava: 
“De todos os bens que a sabedoria nos proporciona para
 a felicidade da nossa vida, o da amizade é, de longe, o maior”.
A amizade é uma forma suave de afeto, e se apóia na
 paz de espírito do ser humano equilibrado.  
Para Epicuro, “o homem justo goza de uma perfeita 
tranqüilidade da alma; mas o injusto está cheio de perturbação.”
 (1) De fato, os afetos desordenados provocam sofrimento, 
enquanto a moderação dá durabilidade aos laços afetivos.
O amor é a prática da unidade entre formas diferentes de 
vida e de existência. Para a filosofia clássica, 
essa integração dinâmica de todos os seres é uma
 forma mais ampla de amizade.
 “Há um parentesco fundamental entre todas as 
coisas do universo”, afirmavam os pitagóricos.
O amor surge espontaneamente na alma de quem 
percebe algo que é bom, belo ou verdadeiro. 
Mas é recomendável ter cuidado:
 as aparências enganam e as armadilhas são numerosas.
O amor, separado da sabedoria, produz ilusão e sofrimento.
 Há maldades e venenos que se revestem de açúcar,
 e existem prazeres que só provocam dor.  
Aquilo que é agradável pode não ser bom, nem belo, 
nem verdadeiro. Por outro lado, o trabalho e o 
sacrifício são aparentemente desagradáveis,
 mas podem ser parte de algo maior que traz 
consigo graus supremos de verdade, beleza e bondade. 
É verdade que nem tudo é feito de amor.
 Também há ódio no mundo, e o ódio pode matar. 
Ele destrói principalmente aquele que odeia, 
e só secundariamente prejudica a quem é odiado.
 Mas todos os rancores e frustrações humanos não 
passam de formas de amor que não deram certo. 
“A mentira é uma verdade que esqueceu de acontecer“, 
escreveu Mário Quintana. 
A maldade é uma bondade que fracassou. 
O ódio é apenas o amor – virado do avesso.
Desde o início dos tempos, o imenso poder do amor – 
a essência da força vital – foi um enigma difícil de decifrar.
 Não é fácil usar adequadamente essa energia ilimitada. 
A humanidade vem tentando compreender o desafio 
do amor há milhares de anos, e ele tem sido um
 tema absolutamente central nas principais
 religiões e filosofias.
 Mas foi na década de 1950 que o pensador russo 
Pitirim Sorokin fez um dos anúncios mais surpreendentes 
a esse respeito. 
Ele começou lembrando que a ciência já havia 
descoberto o mundo subatômico. 
Havia iniciado o aproveitamento da energia nuclear. 
Havia avançado na exploração espacial. 
E afirmou que estava chegando, afinal, 
o momento de conhecer – cientificamente – 
o misterioso reino do amor altruísta.
“Embora esse estudo científico esteja agora no início”, 
acrescentava Sorokin, “é provável que ele se torne uma
área da maior importância para futuras pesquisas:
 o tópico do amor inegoísta já foi colocado na agenda
de hoje da história, e está para transformar-se no 
seu assunto principal”. 
(2) Poucas décadas depois dessa profecia, descobertas
 revolucionárias sobre o funcionamento do cérebro humano
 levaram ao desenvolvimento dos conceitos de inteligência 
emocional e inteligência múltipla, envolvendo os 
dois hemisférios cerebrais superiores e também
 cérebros mais primitivos que o neocórtex. 
A psicologia abriu portas e janelas para uma nova
 disciplina que ensina a amar nossos semelhantes. 
Na área de administração de empresas, por exemplo, 
ficou claro que a arte de relacionar-se com as pessoas é
 decisiva para o desempenho profissional.
 Os médicos reconheceram que a pureza e a qualidade 
das emoções são instrumentos essenciais para evitar 
todos os tipos de doença.
Pesquisas científicas comprovaram que o amor a
 Deus produz efeitos terapêuticos perceptíveis.
 O médico norte-americano Larry Dossey escreveu que
 as orações têm poder real de curar e de prevenir doenças.
 “O corpo parece gostar da prece, e ele responde
 de modo saudável nos seus sistemas cardiovascular, 
imunológico e outros”, disse Dossey. 
“Mas mais interessantes são os estudos que mostram 
que preces de intercessão ou à distância também surtem
 efeito, ainda que o indivíduo não saiba que a prece está
 sendo feita para ele, e se encontre longe do local onde 
está a pessoa que reza”
(3)Na Grécia antiga, Platão ensinava que a ligação entre o 
mundo dos homens e o mundo dos deuses é feita de amor. 
No Velho Testamento –  Gênesis, 28 –  
a escada de Jacó liga céu e terra graças ao amor dos 
anjos que sobem e descem por ela. Larry Dossey reforça 
essa imagem ao afirmar que a oração é uma 
“ponte entre o nível humano e o nível do absoluto”.
 Diferentes tradições culturais afirmam há milhares de 
anos que os seres humanos se elevam até os deuses 
pelos sentimentos de fraternidade, devoção e sinceridade – 
que são várias expressões de afeto –, 
enquanto os deuses descem até o reino humano 
através da compaixão, outra variante do mesmo sentimento 
de unidade interior.
Em qualquer situação, o verdadeiro amor implica um
 processo espontâneo de auto-sacrifício.
Ele surge do fato de que a satisfação de dar felicidade 
a outrem é maior que a satisfação de ter felicidade para si mesmo. 
Há maneiras incontáveis de expressar afeto.
 Amamos as pessoas mais próximas a nós e a 
humanidade em seu conjunto. 
 Amamos a terra, as árvores e os animais.
 Admiramos o vento e o pôr do sol.
 O amor também pode tomar a forma de uma violenta
 paixão romântica por uma pessoa cuja beleza nos 
parece sem limites.
 Ele pode ser canalizado para a dedicação a uma causa 
nobre, como um ideal social, e pode mostrar-se pela 
devoção a um ser divino.
É verdade que o amor queima as asas com que a nossa
 alma mortal anda pelo mundo da rotina estabelecida.  
Ele nos empurra para caminhos perigosos, 
rompe estruturas, destrói refúgios cômodos e
 nos coloca diante do desafio do desconhecido. 
É assim que ele eleva nossa alma em direção ao mundo divino.
Quando falta amor, a vida parece uma comida 
sem sal ou pimenta, embolorada e com prazo de 
validade longamente vencido.
 O amor é um fogo que aquece os corações.
 Ele mostra a infinita beleza da vida ao nosso redor,
 e nos dá, pelo menos, três elementos essenciais: 
coragem para enfrentar as situações de perigo, 
ânimo para vencer toda e qualquer dificuldade, e
 paciência para suportar os sofrimentos que são inevitáveis.
O amor é tão puro quanto o olhar de uma criança. 
Ele pode iluminar o coração de alguém em apenas 
um décimo de segundo, e tomar o controle da nossa 
consciência como um relâmpago e um trovão –
 fazendo com que a vida nunca mais seja a mesma.
O amor pode ser tão duradouro quanto a eternidade. 
Mas ele também é capaz de desaparecer sem que 
sejamos capazes sequer de perceber o fato.
 Depois de muitos anos, ele pode revelar-se, gradual 
ou repentinamente, como uma coisa amarga e falsa. 
Mas cuidado: mesmo quando você pensa que o afeto
 morreu, ele ainda pode voltar de repente – 
 e com mais força do que nunca.
Na vida tudo flui e nada pode ser imobilizado.
 Por isso nem sempre dão certo as tentativas de
 institucionalizar o processo vivo do amor.
 Heráclito de Éfeso ensinou que
 “não é possível banhar-se duas vezes no mesmo rio”. 
 O rio muda a cada instante, assim como nós. 
 Da mesma forma, por mais bela que seja uma mulher, 
homem algum pode abraçá-la duas vezes.
 Entre um abraço e outro, o fluxo da vida causou 
mudanças, e elas podem ser fundamentais. 
Por esse motivo os afetos devem saber morrer e 
renascer a cada dia. Um amor de longo prazo é um 
equilíbrio permanente entre renovação e estabilidade. 
O amor dura quando anda  junto com o desapego e o
 respeito, e quando está aberto ao movimento do novo
 e à evolução interior da alma. 
Mas para isso é recomendável que o centro de 
gravidade do sentimento de união esteja instalado 
nos níveis superiores da nossa consciência, porque 
é ali que ficam as realidades permanentes.
Na sua obra “O Banquete”, Platão afirma que o amor 
movimenta todos os níveis da consciência humana, 
desde o mais inferior até o mais divino. 
E ele ensina que há uma “escada do amor” 
por onde nossa capacidade afetiva pode elevar-se, 
gradualmente, do mundo material para o mundo divino. 
 Essa escada possui sete grandes degraus:  
1) O primeiro deles é o amor por uma pessoa fisicamente bela.
 Esse processo vai além da mera atração física e 
inclui os sentimentos da alma.
2) O segundo degrau da escada é o amor por toda 
e qualquer beleza física, onde quer que ela esteja.
  É o amor pelas pessoas belas em geral, pelos animais, 
pela natureza, pelas árvores, pelas estrelas no céu noturno
 e assim sucessivamente. 
3) O terceiro estágio é o amor pela beleza mental e 
moral, que é independente das formas físicas. 
Aqui amamos ou admiramos alguém pela beleza 
da sua alma e de suas idéias.
4) Depois vem o amor pelas ações belas – a ética. 
Admiramos os gestos de solidariedade e a prática da
 compaixão. Temos vontade de seguir o exemplo dos
 santos, dos sábios e dos líderes sociais altruístas. 
5) Em quinto lugar há o compromisso com as instituições 
coletivas belas. Esse é o amor pela democracia participativa, 
por um ideal humanitário, pelos movimentos sociais 
que defendem os direitos humanos e a preservação ambiental. 
6) Há então o amor pela ciência e pelo conhecimento universal.
 Esse é o amor do aprendiz por aquilo que está
 estudando e aprendendo. Cada área de conhecimento 
humano, sem exceção, visa produzir coisas boas, 
belas e verdadeiras. Para Platão, a medicina é uma
 forma de amor, porque trata de promover harmonia 
entre as diferentes partes e energias do corpo humano.
 A música é a arte de produzir sons harmoniosos que
 despertam na alma um sentimento de beleza. 
A agricultura tem como meta promover vida e
 harmonia no espaço rural. 
7) Em sétimo lugar vem o amor pela beleza absoluta, 
a bondade abstrata  em si mesma, que está presente 
ao mesmo tempo na alma do universo e no coração de 
cada ser humano. 
 Segundo Platão, esse é o amor que não está sujeito
 às oscilações da vida. Ele paira acima das 
“ninharias mortais” e das incertezas do afeto físico.  
Esse é o amor real. É o tesouro que está nos céus e 
que o tempo não pode corroer. 
Buscando o alto da escada, os aprendizes da 
sabedoria amam sem apegar-se excessivamente
 a nada. Eles meditam na lição de Heráclito sobre o
 fluxo universal das coisas.  Abordando a vida dos
 filósofos, Platão escreveu:
 “A perda do seu patrimônio e a pobreza não 
provocam medo, como ocorre com a multidão dos 
amigos das riquezas materiais. Da mesma forma, 
uma vida sem honrarias e sem glória, provocada 
pelo infortúnio, não é capaz de atemorizá-los, 
como faz com os que amam o poder e as honras. 
Por isso os filósofos permanecem afastados desse 
tipo de desejos”. 
(4)Como qualquer energia divina, o amor é uma
 bênção onipresente e está disponível em toda parte. 
Sempre é possível sintonizar nossa existência 
individual com a vibração da harmonia
Em certos momentos o amor nos ilumina à
 maneira precária de um relâmpago passageiro 
no meio da noite, ou como a luz frágil de um fósforo 
na escuridão. 
Em outras situações ele brilha como uma luz eterna. 
Mas nem tudo que a luz do amor revela é lindo. 
Suas lições podem ser amargas, ou doces,
 mas são sempre valiosas – e é melhor manter 
os olhos bem abertos, para garantir que o tempo 
não passará em vão.

2 comentários:

  1. “De todos os bens que a sabedoria nos proporciona para
    a felicidade da nossa vida, o da amizade é, de longe, o maior”.

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  2. CONCORDO.....ESCOLHEMOS PARA A VIDA TODA...MUITO BOM TE-LOS....INCRIVEL COMO FAZ BEM A AMIZADE DE PESSOAS QUERIDAS....

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