RENATTA

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PARA TRANESCREVER ME FAZ VIAJAR EM LUGARES DISTANTES ONDE O CORAÇÃO E A MENTE VOAMSCREVER AO PAPE

PARA TRANESCREVER ME FAZ VIAJAR EM LUGARES DISTANTES ONDE O CORAÇÃO E A MENTE VOAMSCREVER  AO PAPE
Sou....Mulher amiga, amante, mãe...Mulher que inicia seu dia trabalhando...E termina, amando...Mulher que protege, luta briga e chora.. E que nunca deixa o cansaço.. Tirar o seu sorriso, sua força, a esperança..Que está sempre pronta a amar, e proteger a sua prole... Sua vida, o seu amor..Mesmo que esteja chorando por dentro..No seu olhar esta sempre presente.. A força de lutar por tudo o que quer Mesmo cansada.. Está sempre pronta para seguir em frente..E quando cai, se levanta tirando de sua queda..Uma grande lição..Aprendendo então, a passar por cima das armadilhas da vida.. Mulher Guerreira que se torna..Forte e frágil ao mesmo tempo...Que busca dentro de seu interior a força..Que chora para poder se fortalecer..Através das lágrimas que rolam.. Que se levanta para poder...Levantar a quem está em sua volta..Precisando de uma palavra de carinho..De esperança, de amor... Essa é a mulher guerreira Que se faz de forte..Mas ao mesmo tempo é tão frágil...Como um cristal...Mas que não se deixa quebrar tão facilmente... Sou filha de Iansã....e de Ogum... SIMPLESMENTE RÊ

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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

O COLECIONADOR DE PROBLEMAS


   

Em uma aldeia onde haviam muitos colecionadores.
 Passavam a vida colecionando objetos descartados 
pelas outras pessoas. Os colecionadores descobriram 
que uma vez que se tenha uma grande e variada
 quantidade de artigos descartados, eles se tornam
 valiosos novamente. 
    Um colecionador tinha uma provisão esplêndida
 de garrafas de vidro. Ele chamava a atenção pendurando
 algumas em árvores e criando música batendo com varas.
 Outro colecionava sapatos de todos os tamanhos. 
Ele comentava o quanto variava o tamanho e as
 formas dos pés das pessoas. 
    Havia colecionador de panela, colecionador de selos, 
de taco de golfe e colecionadores de chapéu, de livros 
cômicos e colecionador de cartão esportivo.       
Na verdade, era uma verdadeira coleção de colecionadores. 
    Um dia um velho homem chegou à cidade e vagando
 pela aldeia perguntava onde ficava a praça dos 
colecionadores. Ele levava um grande pacote,
 mas não parecia estar carregado nem muito pesado.
Ele encontrou a praça dos colecionadores 
e se alojou em um canto. 
    Naturalmente, os colecionadores descobriram 
que havia um novo colecionador na cidade, 
e eles queriam saber o que ele tinha no pacote. 
Ele respondeu que nada havia mas apenas seu 
almoço e uma capa de chuva para o caso de chover. 
    - Você quer dizer que não tem uma coleção?
 - eles perguntaram - Você não é um colecionador? 
    - Oh, sim. - ele respondeu
 - eu sou um grande colecionador. 
Mas o que eu coleciono não cabe em um pacote 
ou uma caixa. Eu coleciono os problemas 
e as preocupações das pessoas. 
Esta era uma idéia estranha e lhe
 pediram que explicasse. 
    - Bem, veja você, eu descobri há muito tempo 
que entre as coisas que todos querem se livrar existem 
as preocupações, os problemas, fardos pesados, 
tristezas, tempos difíceis - todo este tipo de coisas
 que jogam as pessoas para baixo e faz suas vidas 
mais tristes. 
Assim eu me ofereço para colecionar estes 
problemas e elas se sentem bem. Não é simples? 
    Alguns dos colecionadores pensaram que era
 uma convicção tola e possivelmente isso era 
perigoso à reputação de sua profissão. 
    O velho não parecia prejudicar ninguém, 
entretanto, assim eles o deixaram só. 
Logo apareceu alguém e perguntou como ele
 colecionava problemas, e ele respondeu, 
    - Bem, há algo provavelmente em sua vida 
que o aborrece agora mesmo
 - um pouco de preocupação que você tenha. 
Me fale um pouco sobre isto e eu a acrescentarei 
à minha coleção. 
    - Mas como isso me ajudará? 
Você pode desaparecer com o problema 
só porque lhe falo sobre isto? 
    - Não, mas você se sentirá melhor. 
Tente. 
    Assim a pessoa falou para o velho sobre algo
 que era um problema. Quando a história terminou,
 o colecionador de problemas acenou com a cabeça 
algumas vezes, elevou as mãos como se erguesse 
algo pesado e fingiu colocar no pacote. 
    - Pronto! Eu guardei este. Como você se sente? 
Perguntou. 
    A pessoa que tinha o problema respondeu: 
    - Estranho. Me sinto bem. Eu acho que posso 
controlar o problema muito melhor agora. 
Realmente funciona! 
    As palavras se espalham ao vento.
Logo havia uma multidão em volta do 
colecionador de problemas. 
    Um dia, uma mulher apareceu na aldeia
 caminhando lentamente e com considerável 
dificuldade. Logo a levaram ao colecionador 
de problemas. Quando ele explicou a ela que tipo
 de colecionador ele era, ela começou a lamentar: 
    - Oh, você não sabe quantos problemas e pesados
 fardos há neste mundo. Eu venho de uma cidade
 onde há mais problemas do que em qualquer outro
 lugar. Todos sofrem e ninguém tem qualquer
 esperança. E o pior é que as autoridades da cidade
 prosperam passando por cima dos problemas
 do povo. É um lugar horrível, desesperador. 
Eu tive que partir. 
Era a única esperança que eu tinha. 
    O colecionador de problemas ficou sério. 
Se levantou e ergueu o pacote com um gesto 
que era mais lento e mais doloroso que o normal. 
Depois de um longo silêncio, falou lentamente. 
    - Eu tenho que ir até lá. 
    Os aldeãos e a mulher fizeram um grande protesto.
 Eles não queriam perder o colecionador de seus problemas.
 Tinham medo de como ficaria a cidade e 
lhe imploraram que ficasse. 
    O velho se escapuliu no meio da noite. 
    Muito tempo se passou até que um cansado 
jovem entrou na aldeia. As pessoas sabiam, 
sem perguntar, que ele vinha da cidade. 
Eles o ajudaram da melhor forma que podiam, 
e quando ele estava se sentindo melhor, lhe perguntaram 
se sabia do velho que tinha partido para a cidade várias 
semanas atrás. 
    - Conheci sim! Este homem entrou quieto na cidade 
e, no princípio, ninguém o notou. Então de vez em 
quando você poderia vê-lo conversando com pessoas
 - escutando principalmente. Quando um pessoa terminava
 de falar, ele curvava a cabeça e fazia estranhos gestos 
com as mãos e a pessoa começava a se sentir melhor. 
Pela primeira vez em um longo tempo, as pessoas da 
cidade começaram a se sentir melhor e ter um pouco 
de esperança. 
    - Sim, nós sabemos. Ele fez isso aqui também. 
Respondeu um dos aldeãos. 
    - Bem, não levou muito tempo para as autoridades 
o notarem. Lhe mandaram partir e deixar de se intrometer 
nas vidas de outras pessoas. Ele simplesmente recusou. 
Disse o jovem da cidade. 
    E com os olhos tristes e um nó na garganta, continuou: 
    - Eles o colocaram na prisão, mas lá ele colecionou 
os problemas dos outros prisioneiros. Finalmente, 
as autoridades decidiram que ele era uma ameaça 
subversiva ao sistema. Assim eles o executaram. 
    Os aldeãos ofegaram. 
Alguns começaram a chorar. 
    - Eu sinto muito por lhes trazer estas tristes
 notícias. Ele também era meu amigo. 
    - É doloroso para nós, você sabe. 
Como faremos agora que ele morreu? 
    De repente o rosto do jovem ficou iluminado. 
    - A idéia ainda funciona! Ele exclamou. 
Colecionar problemas ainda funciona! 
Você pode fazer isto para mim, e eu posso 
fazer isto para você. 
Ele só nos mostrou como fazer! 
    O jovem saltou, cheio de energia e com 
força renovada. 
    - Estou voltando para a cidade! 
    - Mas o que fará você por lá? 
- vários aldeãos perguntaram em harmonia
 - Você ficou doido? Lá existem muitos problemas. 
    - Exatamente! Exatamente! - ele continuou 
- É por isso que eu vou. Aprendi a lição, vou ajudar
 as pessoas a se sentirem melhor. 
Me tornarei um colecionador de problemas! 
O que tenho a fazer é simples: basta ouvir
 as pessoas. Fazer com que elas se abram, 
desabafem e, assim, reflitam melhor, sintam-se 
mais leves. E hei de espalhar o que aprendi. 
Hei de criar novos colecionadores de problemas.
 

Texto: Leonard Remington

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