As
formas incompreendidas de amar.
Muitas
vezes, passamos pela vida e esquecemos de amar quem, de
alguma
forma, nos causou "más" sensações, quem fez algo que
julgamos
como ruim, injusto, quem, de certo modo, pisou em nosso calo.
É difícil amar
assim?!
Acredito
que seja um pouco em razão da nossa inexperiência, da nossa
"falta
de boa vontade", dos nossos olhos vendados.
O amor nem sempre precisa ser compreendido, basta ser sentido.
Ah,
e não se pode esquecer que o amor sempre vem junto com o perdão,
não
se pode falar de um sem tratar do outro.
É
fácil observar que as pessoas esquecem de perdoar, atribuem o perdão
a
uma capacidade puramente mental, dizem que perdoaram da boca
para
fora- isso não é perdão.
O
verdadeiro perdão não mora na mente, ele está muito além
dela, é pois,
sensação
de libertação, compaixão, empatia, é um
"se por no lugar do outro".
Com
o perdão que traz, inevitavelmente, o amor, a gente consegue
entender
o
outro exatamente como ele é, conseguimos olhar com os olhos da luz,
da
consciência e perceber que ali reside um ser que fez o que fez em
razão
da
sua imaturidade espiritual, do seu momento incoerente; e, na verdade,
todos
somos imaturos em diferentes graus e incoerentes em determinados
aspectos
e fases da vida.
É
bem verdade que amar quem nos ama é fácil, mas qual o mérito disso?!
Somos grandes
almas, dotadas de uma imensurável capacidade de amar.
Mas
será que aproveitamos as oportunidades que a vida nos dá para burilar
esse
amor, para transformá-lo, para ofertá-lo da melhor forma?
Amar
a família e os amigos não mais é suficiente.
O
amor precisa ir além, transcender até mesmo o que desconhecemos,
sabe
por que? Porque ele, o amor, é curativo, desfaz laços de ódio,
transforma
pessoas, constrói lideranças e alianças, impulsiona a gentileza,
enfim,
abre portas.
Amar
é ver sem máscaras, é enxergar a realidade da pessoa, da situação
e
libertar o "mau" que nos causou de dentro de nós mesmos.
Quando
não somos capazes de perdoar carregamos o suposto mau a
nós
dirigido (em forma de sensações) dentro de nós mesmos.
Esse
é um dos reflexos do autoabandono, porque só uma pessoa que
se
abandona e que não se importa consigo mesmo que dá forças para as
más
sensações.
Cada
um de nós, com certeza, sabe o quão desagradável é sentir-se preso
a
essas sensações "insalubres". E são essas sensações que deixarão
o
fardo
de cada um mais pesado, que tirarão a luz dos nossos dias, a fé e a
esperança,
o brilho dos olhos, a alegria, a ousadia e o sucesso.
Contudo,
esclareço que, nem sempre você irá se dar conta que guardou
tanta
bobagem dentro de si mesmo em razão da falta de perdão.
Que
você, alimentando o seu orgulho, preferiu julgar a situação e jogar a
culpa
no outro, na vida, em Deus ou em si mesmo para não encarar
a
verdade, aquela que gritava: "quem precisa se transformar é você" -
a
culpa é para os fracos e não somos fracos.
Ouça
bem, a gente só se transforma com o perdão, isto porque é ele
que
lava
todo o lodo que um dia foi parte de nós e nos devolve a luz e todos
os
atributos que viemos expressar aqui.
Aquele
que não se observa dificilmente perceberá o que está guardado
a
sete chaves em seu inconsciente. Afinal, não precisa ser muito inteligente
para
perceber que muitas coisas que fazemos, falamos e pensamos
não
são porque queremos fazer, falar ou pensar, contudo, simplesmente
brotam
de algum lugar desconhecido dentro de nós. E não tenha dúvidas,
cedo
ou tarde o que está trancafiado no inconsciente virá a tona, talvez,
com
a força de um tsunami para fazê-lo enxergar as "mesquinharias" ali
guardadas.
A
resistência em libertar o passado e até mesmo as crenças e as
ideias
antigas, nos faz pequenos diante da possibilidade de alcançar algo maior.
A
alma se afina a com o sucesso e é para lá que ela está caminhando.
Entretanto, com
os olhos vendados não podemos perceber.
Tirar
a venda dos olhos pressupõe deixar que todas as máscaras que
fomos
construindo ao longo dos tempos caiam e nos deixe ver a nossa
verdadeira
face, sem os empecilhos do ego, da resistência e do desamor
que
inconscientemente alimentamos.
Não
são somente as almas evoluídas que são capazes de amar com altruísmo
e
abnegação. Para o amor não há diferenças porque somos uma parte dele,
somos
feitos dele.
Ofereça
o seu amor, o seu sorriso e não se limite com os limites dos outros...
Não
ame apenas com a mente, ame com o olhar, com o corpo, com o coração,
com
a alma.
Expanda-o.
O
amor cresce na medida em que oferecemos mais dele...
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