oceano de vibrações oriundas de uma multidão de fenômenos e
de seres que o cercam. E assim, como afinal acontece a tudo
quanto existe, ele tanto emite como recebe as influências
vibratórias do campo onde se situa. São emanações físicas,
vitais ou psíquicas, que povoam o Universo todo e impregnam
os seres e as coisas existentes dentro de um mutualismo absolutamente determinístico.
Nesse infinito campo vibratório, cada fonte oscilatória age
intensivamente na razão direta do seu estágio evolutivo.
Do átomo e até mesmo das suas sub partículas infinitesimais
aos mais vastos conglomerados cósmicos, as metagaláxias,
tudo é fonte incessante e inesgotável de radiações sensíveis
ou não aos nossos órgãos, embora estejamos inapelavelmente
submetidos às suas influências. É dessa interferência mútua e
constante entre todos os seres, que ressalta naturalmente a
grandiosa lei do amor, da confraternização geral entre todas as
criaturas de Deus; leis que não podem ser infringidas sem que
se movimente contra nós a justiça substancial da causalidade.
O fato de sermos, nós os entes humanos, tanto fonte emissora
como receptora dessas ondulações vibráteis, cria para nossa
categoria de seres mais evoluídos, uma obrigação indeclinável
de estudar essas interferências e ressonâncias, para melhor
compreensão das altas finalidades da vida. Auscultando-as, medindo
a sua intensidade e, mais que tudo isso, transformando ou
traduzindo o seu código secreto, é que poderemos funcionar
nesse complexo aparelhamento orgânico total, que é o universo,
como agentes cooperadores do equilíbrio necessário à marcha
ascensional de tudo quanto nos circunda. Dessa cogitação é que
nasceu a Psicometria...
Nenhuma vibração, uma vez emitida, jamais se desvanece ou
se perde; ela subsiste eternamente gravada tanto no ambiente
atmosférico como no duplo etérico de todos os seres e de todas
as coisas. No espaço interestelar, ela caminha na sua projeção
eterna rumo ao infinito desconhecido.
Os nossos atos, as nossas volições, os nossos pensamentos, que,
como fenômenos, são outras tantas vibrações, estão definitivamente
engrafadas no nosso duplo ou perispírito, assim como também as
reações do mundo exterior que nos atingem. Somos, por assim
dizer, filmotecas ambulantes à espera de que os operadores
(neste caso, os psicômetras) exibam as “películas”
imperceptíveis aos olhares comuns.
É por isso que, dizem as Escrituras, nada há oculto que não se
venha a saber; realmente, tudo está arquivado na natureza.
Em planos superiores é a lei psicométrica que identifica as
personalidades. O nosso subconsciente é a nossa história
mentalmente arquivada e pronta a se nos revelar a qualquer
momento e, com especialidade, depois do nosso desencarne,
para que se faça o exame de consciência.
É fazendo uso da Psicometria que os espíritos perscrutam o
próprio passado ou de qualquer outra individualidade.
É o livro aberto eternamente, em que a natureza exibe a todo
instante a história de cada coisa, de cada ser.
Assim sendo, não há dúvida nenhuma de que a Psicometria
representa a espinha dorsal da Revelação e, por isso mesmo,
os fenômenos espíritas sempre acompanham os fenômenos
psicométricos.
Extraído do livro: Nos Domínios Maravilhosos da Psicometria, de Osvaldo Polidoro.
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